Pedindo eleições indireta qualquer pessoa maior de 35 anos poderá se candidatar principalmente o LULA ai ele podera acabar com a lava jato e prender Moro como ele falou
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Há também manifestações na porta do Palácio do Planalto, buzinaço em Brasília e registro de panelaço em diversas regiões do País.
Mesmo após o encerramento da sessão de votação da Câmara, deputados de oposição continuam no plenário gravando vídeos e repercutindo a informação.
"Se confirmada a veracidade dos áudios, acabou o governo Temer. Isso incinera o governo Temer, a reforma da Previdência", disse Afonso Florence (PT-BA). Alguns parlamentares lembraram que já existe um pedido de impeachment de Temer engavetado na Casa, faltando apenas a indicação dos membros para compor a comissão especial.
"A situação é muito grave. Ou se faz o impeachment ou não se faz mais nada neste País", declarou o líder da minoria, José Guimarães (PT-CE).
Os governistas deixaram o plenário atônitos, sem entender o que estava acontecendo. O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e o líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE), se recusaram a comentar. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deixou o plenário às pressas. "Não tem mais clima para trabalhar, só isso", afirmou.
A denúncia
De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, os donos da empresa JBS, Joesley Batista e o seu irmão Wesley Batista, gravaram uma conversa na qual o presidente Michel Temer teria dado aval a propina para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A gravação, feita por Joesley em março com um gravador guardado no bolso do paletó, foi citada na declaração que os controladores da JBS deram à Procuradoria-Geral da República em abril durante o processo para firmar acordo de delação premiada. A gravação teria sido acompanhada pela Polícia Federal.
Segundo o jornal, na gravação Temer indica a Joesley o deputado Rocha Loures (PMDB-PR) como o interlocutor para resolver um assunto da J&F, controladora da JBS. No diálogo, o presidente recebe do empresário a informação de que ele estava pagando uma mesada Cunha e ao operador Lúcio Funaro, ambos presos,para ficarem calados. Temer então teria dito:
— Tem que manter isso, viu?
O dinheiro de Cunha seria entregue por meio de Altair Alves Pinto. Desde que está preso, o parlamentar teria recebido R$ 5 milhões, segundo Joesley. Uma gravação feita posteriormente teria flagrado Rocha Loures recebendo uma mala com R$ 500 mil de Joesley.
Ainda de acordo com o jornal, na última quarta-feira (10), os irmãos foram ao gabinete do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), e confirmaram as declarações à PGR. Cabe a Fachin homologar a delação de Joesley Batista e o seu irmão Wesley Batista.
No depoimento para tentar fechar a delação, Joesley teria afirmado também que, com o PT, o contato para a propira seria o ex-ministro Guido Mantega.
Os depoimentos dos donos da JBS foram tratados de todo o cuidado pela PGR. Durante todo o processo, os irmãos chegaram por uma entrada secundária em carros particulares.
Em nota, o presidente Michel Temer confirmou ter-se encontrado com Joesley Batista, mas negou ter dado aval à propina. A assessoria da JBS informou que a empresa não vai se pronunciar. A defesa do deputado Eduardo Cunha também disse que não vai se manifestar no momento. A reportagem não conseguiu contato com o deputado Rocha Loures.
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